sexta-feira, 29 de abril de 2011

QUE SIGNIFICA CASA PARLAMENTAR?

UB 1
Todos gostamos da palavra Casa e todos sabemos o que vem a ser um edifício, uma moradia… o abrigo. Aposento, protecção e residência são palavras que nos confortam e nos remetem ao aconchego e a uma identidade. Ligações que fortalecem o sentimento de pertença e fazem com que tenham um sentido muito especial as expressões “estou em casa” e ”sinta-se em casa”.
Entremos um pouco na expressão e na Casa e encontremos nelas, e em qualquer dicionário de sinónimos, os significados de: linhagem, bens, classe, dinastia, estirpe, família, ninho, fortuna…
Um parlamento é uma assembleia. A Academia, uma conversação. Portanto, é, como dizem os mais velhos, a comunidade, uma congregação, o conselho e o grémio. Tem o sentido de reunião, sociedade, sarau e centro.
Parlamentar é negociar. Assumir a fala em nome de outrem. Por isso, o sujeito parlamentar é o emissário, o representante, dizem os dicionários.
E o emissário o que é?
É o mensageiro, o embaixador, o enviado ao Parlamento. Este que deve estar em congregação, simbolizando a comunidade: em reunião. No centro da fala.
O sentido que eu quero dar à minha Casa Parlamentar é o lugar da fortuna, que se faz através da negociação, e que se constrói por meio de emissários-mensageiros. Estes, os enviados ao centro da fala, aqui estão para, em congregação, desvendarem o lado mais simples do espaço Casa e Verbo.
Mas se as palavras têm força, queremos começar pelo princípio. E no princípio era o verbo. Mas que significa a palavra Verbo?
Umbral bilingue, ESCRITO 3 de Fevereiro de 2011.

PÃO E FONEMA - Como tudo começa

MOÇÃO DE CONFIANÇA
Esta semana, entre os dias 25 e 27, a Casa Parlamentar abriu as suas portas aos novos deputados e membros do Governo para a primeira sessão desta nova Legislatura - a VIII. A Ordem do Dia era essencialmente discutir e decidir sobre a viabilidade (se vai ou não vai funcionar) do/o Programa do Governo. A votação final que aprova o Programa do Governo simboliza o Acordo da ANCV, órgão legislativo, ao outro órgão, o Executivo, e equivale a uma MOÇÃO DE CONFIANÇA.
O Governo precisa da Moção de Confiança para ter legitimidade, que é uma licença de governar, dada pelos deputados, em nome dos cabo-verdianos; e todos os sujeitos parlamentares, DEPUTADOS MINISTROS E SECRETÁRIOS DE ESTADO, na Casa Parlamentar, têm o direito de opinar e contribuir para que os cabo-verdianos tenham um bom Programa de Governo.
Agora sim, depois da aprovação do Programa, o Governo que foi escolhido em Fevereiro vai ter cinco anos para desenvolver Cabo Verde; mas voltará muitas vezes à Assembleia Nacional, para outras actividades de que falaremos depois.

Hoje criança, amanhã cidadão - "estudar, aprender sempre."
Projecto “A Casa e o Verbo”
Entre o amor pela escrita e o dever da partilha

1 Introdução e breve explicação dos motivos
Artigo 9º
(Línguas oficiais)
1. É língua oficial o Português.
2.O Estado promove as condições para a oficialização da língua
materna cabo-verdiana, em paridade com a língua portuguesa.
3.Todos os cidadãos nacionais têm o dever de conhecer as línguas oficiais e
o direito de usá-las.
(Constituição da República de Cabo Verde de 1999 e de 2010)

Entre o amor pela escrita e o dever da partilha

Projecto “A Casa e o Verbo”
Entre o amor pela escrita e o dever da partilha

1 Introdução e breve explicação dos motivos
Artigo 9º
(Línguas oficiais)
1. É língua oficial o Português.
2.O Estado promove as condições para a oficialização da língua
materna cabo-verdiana, em paridade com a língua portuguesa.
3.Todos os cidadãos nacionais têm o dever de conhecer as línguas oficiais e
o direito de usá-las.
(Constituição da República de Cabo Verde de 1999 e de 2010)

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Poeta do Mês - Baltasar Lopes

Saudade fina de Pasárgada

Em Pasárgada eu saberia
onde é que Deus tinha depositado
o meu destino…
e na altura em que tudo morre..
(Cavalinhos de Nosso Senhor correm no céu;
A vizinha acalenta o choro do filho rezingão;
Tói Mulato foge a bordo de um vapor;
O comerciante tirou a menina de casa;
Os mocinhos da minha rua cantam:
indo eu, indo eu, a caminho de Viseu…)

na hora em que tudo morre,
esta saudade fina de Pasárgada
é um veneno gostoso dentro do meu coração.

(In Atlântico, 1946)

terça-feira, 26 de abril de 2011

O POETA DO MÊS, Osvaldo Alcântara

O POETA DO MÊS, Osvaldo Alcântara

RIP - CASEM-SE OS POETAS COM A RESPIRAÇÃO DO MUNDO

Como quem ouve uma melodia muito triste, recordo a casinha em que nasci, no Caleijão. O destino fez-me conhecer casas bem maiores, casas onde parece que habita constantemente o tumulto, mas nenhuma eu trocaria pela nossa morada coberta de telha francesa e emboçada de cal por fora, que meu avô construiu com dinheiro ganho de riba da água do mar. Mamãe Velha lembrava sempre com orgulho a origem honrada da nossa casa. Pena que o meu avô tivesse morrido tão novo, sem gozar direitamente o produto do seu trabalho.
E lá toda a minha gente se fixou. Ela povoou-se das imagens que enchiam o nosso mundo. O nascimento dos meninos. O balanço da criação. O trabalho das hortas e a fadiga de mandar a comida para os trabalhadores. A partida de papai para a América. A ansiedade quando chegavam as cartas. (p. 6)
É assim tudo na nossa vida_ a casa, as mobílias, as recordações, os nossos interesses _ fazia uma reportagem sentimental que dava a papai uma presença quase física no meio de nós. Anos depois voltou com licença de seis meses. Quando já papai estava outra vez na América foi quando que mamãe teve Nanduca.
Chegavam cartas e retratos. Nhô Roberto Tomásia ia sempre receber as suas mantenhas . Ficava admirando os retratos de papai, vestido de casimira e com uma grande corrente de relógio atravessando o colete:
- António Manuel está um americano perfeito…
Quando Tuta de Melo esteve na ilha, mamãe foi tirar retrato a Nanduca para papai conhecer o seu codê . (Baltasar Lopes, Chiquinho , p. 6 e10)

O POETA DO MÊS, Osvaldo Alcântara ou Baltasar Lopes da Silva, é uma espécie de patrono dos professores cv, tanto que o dia 23 de Abril, seu dia,foi consagrado aos docentes crioulos.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

homenagem e gratidão

Professores:
Zenaida de J. A. Évora Tavares, Escola Amor de Deus, Língua Portuguesa e algo mais
Ana Teixeira, Lourdes Teixeira, Tomás Teixeira - Santa Catarina
FORÇA E PERSEVERANÇA

23 Abril - DIA DO PROFESSOR CABO-VERDIANO

homenagem e gratidão
Em especial, às Professoras:
Isabel,PROF. BEBÊ, Professora do 2º ano
Heldigarda Brito, Tia Micky Iaia, Professora do 5º ano
Elisabeth Andrade, Tia Socorro, Professora do 5º ano
Professora Carla, de Português, Professora do 5º ano
Todos os professores da Escola S.O.S no Lavadouro, Praia de Santa Maria,
Gestor Mário Costa e equipa

QUE DEUS ABENÇÕE E QUE TENHAM FORÇA NA VOSSA MISSÃO!

23 Abril - DIA DO PROFESSOR CABO-VERDIANO

Homenagem e gratidão
Professora Heldigarda Brito, Micky, Escola S.O.S Lavadouro
Professora

homenagem e gratidão

Aos Professores
Helena Martins de S. Lobo - Liceu Domingos Ramos, Português
Amália Vera-Cruz de Mello Lopes - Liceu Domingos Ramos, Português
Eunice Tomar - Liceu Domingos Ramos, Português
Benvindo, Portanto - Liceu Domingos Ramos, Latim que também tirava dúvidas de português
Profa Júlia Mãe de Sandra - Liceu Domingos Ramos, Português
Danny Spinola - Liceu Domingos Ramos, Português (Estagiário)
Antero Barros - Liceu Domingos Ramos, Geografia
António Silva, TOBER - Liceu Domingos Ramos, Geografia
Fernanda Marques - Liceu Domingos Ramos, Inglês
Djonsa Cool But not Fool - Liceu Domingos Ramos, Inglês
Galvão - Liceu Domingos Ramos, Introdução à Política
Henrique Oliveira, Djick - Liceu Domingos Ramos, Filosofia e Psicologia
Lourdes Cardoso - Liceu Domingos Ramos, História
Silvino - Liceu Domingos Ramos, Matemática
Zaida de Prof. Ti Júlio - Liceu Domingos Ramos, Matemática
Cônego Jacinto - Liceu Domingos Ramos, Física-Química
Dina Dupret - Liceu Domingos Ramos, História
Elsa - Liceu Domingos Ramos, Francês
Maria de Jesus - Liceu Domingos Ramos,Ciências Naturais
Manuel Brito Semedo, Liceu Domingos Ramos,o Director, professor de Vida
outros professores que a memória olvida mas o coração guardou
outros ainda de que me lembro só a alcunha e que, na dúvida de gostarem ou não, ficam registados nas preces.

terça-feira, 19 de abril de 2011

homenagem e gratidão

Estudar, aprender sempre.
"Quando a memória vai buscar pedaços de madeira, traz também a lenha que muito bem lhe apraz" (Birago Diop)
A memória é um ajuste de contas com o passado.
Fazemos homenagem, com a memória, aos que foram dignos, nobres, especiais.

23 Abril - DIA DO PROFESSOR CABO-VERDIANO

Clarice Vieira Évora da Graça - Nha Mamã
Eduardo di Nha Xupéta
Guilherme Furtado - Djimi di Ponta Verde
Serafim de Pina Furtado Tavares Silva - Sancha di Memé di Djom
Soeur Noelli, irmã Ma sar - Escola Padre Moniz, Francês
Irmã Caty, Escola Padre Moniz - Francês
Irmã Zita, Escola Padre Moniz - Formação Humana
Maria dos Anjos e Felipe Furtado, Escola Padre Moniz - Matemática
Flávio Amarante,Escola Padre Moniz - Desenho
José da Moura, Escola Padre Moniz - Ciências Naturais
Manel di Candinho, Escola Padre Moniz
Edna Duarte Lopes, Escola Padre Moniz
Maria Auxília, Escola Padre Moniz
Padre Moniz

sexta-feira, 15 de abril de 2011

BEM-VINDOS! - NHÔS TXIGA!

PUBLICADA POR MARIA AUGUSTA É.T.T. EM 11:32 em Set/09
NOTA DE ABERTURA – SUMARA KONBERSU


Dizem-me os jornais que chove em Cabo Verde: Forti sábi!

Se a esperança d’azágua se renova a cada dia e a boa nova da chuva é promessa de ano bom, então à minha boca vêm palavras como milho, fartura, feijão, saúde, festas e certeza.

Que o nosso Cabo Verde se faz em segunda sementeira: na monda e na ramonda; e que as bonecas de milho, as cordeiras de feijão, o milho verde assado e a katxupa de cada dia se cozinham, nas três pedras do fogão, no tomar a bênção e no rabo da enxada.

Semear e colher, com o coração de pescador e a “certeza do chão que pisas”, está também nos livros, cada vez mais, cada vez sim, nos livros. Porque é nos livros que somos! _ e foi contada a nossa história de azeviches. E, nos livros, a morabeza se dá a conhecer para o mundo.

Chove em Cabo Verde…

O Contador de Histórias me disse que choveu também em S. Vicente. Sinal de boas águas. De Pe. António Vieira a Mané Quim, haja Testamentos de muitos

Napumocenos para iluminar a nossa história de azeviches. E haja também Gracinha(s), que herdem, no feminino, uma estória para se contar: com as nossas próprias cabeças e com os pés bem finkados na TERRA: Terra chão, Terra mar, Terra céu.

É que, segundo Princezito, mar é prolongamento de terra, só que na versão molhada. Para verdianos e crioulas, nosso mar e nossa terra… é tudo uma coisa só. E os nossos sonhos, nosso orgulho… é tão grande, porque amparados por mil águas: o doce da chuva e o salgado do mar.



Fala Ovídio, que o mês é teu:


POEMA SALGADO

Eu nasci na ponta-da-praia

por isso trago dentro de mim

todos os mares do Mundo



Meu correio são as ondas

que me trazem e levam

recados e segredos



E meus bilhetes

(meus bilhetinhos de saudade)

são suspiros salgados

que as sereias recolhem

da crista das ondas



Nas conchas e búzios

de todos os mares do Mundo

ficaram encerradas

minhas canções de amor



Que eu nasci na ponta-da-praia

Por isso trago dentro de mim

todos os mares do Mundo.



(Ovídio Martins 1928-1999)

…………………………………

MAR

Oh mar oh mar

Amin ta ba mar nta ba mar

Nta ba mar nta murgudja na azul

(…)

Mar é um purlongamentu di terra

En forma di modjadu

Mar é sima biku di um mulata

Xeiu di lágua di txoru di sodadi

Di un arguen kê pista si abrasu ki bai ki ka bem

(…)

Ami na ña tera kada kriolu tem um padás di

Spiga dentu si kurasan

Ali Lua é brinku pexera



Sol é rologi pastor

Strela é amiga Cesária

Bentu é ventiña koitadu. Ayan


Li ki poisia ta pegadu na redi

Mininu ta fasedu na txada

Mudjel ta marianu kabê

(…)

Mar bo di longi bô é bunitu

Mar di pertu bo é bunitu

Mar pa riba mar tambi ê bunitu

Karamba na fundul mar go ké bunitu



(Princezito, “kasador di poema y piskador di inspirason” in Spiga 2008)



Pensatempo glob 1



Niterói-RJ, 5 de Setembro de 2009
PUBLICADA POR MARIA AUGUSTA É.T.T. EM 11:00
SÁBADO, 5 DE SETEMBRO DE 2009

retomando Morabeza e Letras

BEM-VINDOS/ NHÔS TXIGA! FALE MAIS PORTUGUÊS/ DISGOBEDJA BU SKREBI KAUVERDIANU... Lembro de Mamá e Papá tentando traduzir textos bíblicos do Português para o Cabo-verdiano, ainda escuto, vezes sem conta, as letras das músicas religiosas feitas especialmente para as festas religiosas; Ma soeur Noelli me ensinou a dançar em Francês, ainda muito cedo... nunca mais larguei até a URP-CV; Djonsa Cool "but not Fool" me introduziu ao Inglês, numa nice, e D. Fernanda, Professora de Sala e vida, me convenceu, de vez, que línguas era o meu point.Nas férias grandes fui salva pelo Sr. Beto Tavares e os seus livros emprestados, sem prazo. Assim se fez uma deslumbrada de línguas e literaturas de Cabo verde e do Mundo. THNAKS, IN MEMORIAN: Pedro Kanela: "Di oredja pa odju, tem kuatu dedu", Mãe Vieira: "Deus pa bu dianti. Kada um ku si meresimentu"; Tio Kalátxi "Subrinha tem lingua txeu, ka nha konfundi-m" REST IN PEACE.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

morabeza e letras

PUBLICADA POR M.A. ÉVORA TAVARES TEIXEIRA EM 09:27
QUARTA-FEIRA, 14 DE OUTUBRO DE 2009
UMA LEITURA DE AZEVICHES
“Les souvenirs que j’ai de ma vie réelle ne
sont ni plus colorés ni plus vibrants que
ceux de mês vies imaginaires”
(...)
“Pour écrire l’histoire d’un autre, je colla-
bore avec ma propre vie. Qu’on ne cherche
pas à savoir ce qui, dans cette fiction, est
indubitablement moi. On s’y tromperait. Et
mes proches s’y tromperaient autant et plus
que les autres.”

(DUHAMEL,G.In Remarques sur les memoires Imaginaires _ Paris _ Mercure de France_ Sixième édition.).

Um texto equivalente em Português seria:

As lembranças que eu tenho da minha vida real não são nem mais coloridas nem mais vibrantes daquelas que eu tenho da minha vida imaginária.

Para escrever a história de alguém eu colaboro com a minha própria vida. Que não se tente descobrir, nessa ficção, o que seria indubitavelmente eu. Quem fizesse isso enganar-se-ia. E os que me são próximos se enganariam tanto ou mais ainda do que os outros.


COM ESTA CITAÇÃO, QUE É QUASE UM MANIFESTO, INICIO UMA LEITURA PARTILHADA DE MOMENTOS POÉTICOS QUE ME SÃO SIGNIFICATIVOS. RECUPEREMOS O PRAZER DO TEXTO, UM ALÍVIO QUE FOGE Á ORTOPEDIA CANÔNICA E QUE DEIXA, NA POESIA, UM QUÊ DE HUMANO. HAJA ESCAPE PARA A VIDA QUE SOMA À ESCRITA A SEMPRE MESMA VONTADE DE MIM... LIBERDADE E VOZ.

Umbral bilingue

Artigo 9º
(Línguas oficiais)
1. É língua oficial o Português.
2.O Estado promove as condições para a oficialização da língua
materna cabo-verdiana, em paridade com a língua portuguesa.
3.Todos os cidadãos nacionais têm o dever de conhecer as línguas oficiais e
o direito de usá-las.
(Constituição da República de Cabo Verde de 1999 e de 2010)

O desafio do bilinguismo foi lançado ao chão fértil da ANCV, por dispositivo constitucional, há cerca de doze anos. Chamemos-lhe política de língua, como diria a Academia; ou seria a escrita de si, se fosse com Foucault; e, com mantenhas a Walter Mignolo, seria “identidade em política”.
A Casa Parlamentar votou uma Constituição que liberta os cabo-verdianos da obrigatoriedade de falarem ambas as línguas, quando não dominam uma delas, mas responsabiliza-os no dever de as conhecer. Liberdade e compromisso, diríamos. Ou melhor, espera-se do cidadão um comprometimento neste sentido.
Na prática, os sujeitos parlamentares passaram a usar cada vez mais o Crioulo, LCV; e as “Actas” passaram a reportar uma infinidade de variantes, entre outros fenómenos linguísticos que poderão fazer parte de projectos mais ambiciosos. Lançadas foram as bases para a construção do pretendido bilinguismo, ainda um projecto, mas que tem na ANCV um dos seus maiores promotores.