Saudade fina de Pasárgada
Em Pasárgada eu saberia
onde é que Deus tinha depositado
o meu destino…
e na altura em que tudo morre..
(Cavalinhos de Nosso Senhor correm no céu;
A vizinha acalenta o choro do filho rezingão;
Tói Mulato foge a bordo de um vapor;
O comerciante tirou a menina de casa;
Os mocinhos da minha rua cantam:
indo eu, indo eu, a caminho de Viseu…)
na hora em que tudo morre,
esta saudade fina de Pasárgada
é um veneno gostoso dentro do meu coração.
(In Atlântico, 1946)
Filho da puta!!
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